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Lisboa acolhe cerimónia do 8º Prémio Internacional Harambee Comunicar África

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Candidaturas decorrem até final de setembro

Lisboa acolhe em novembro deste ano a cerimónia de entrega do 8º Prémio Internacional Harambee Comunicar África, uma iniciativa da ONG com sede em Roma Harambee África International que pretende premiar trabalhos de jornalistas e de jovens que lancem um novo olhar, mais realista, sobre África.

O anúncio foi feito ontem, 7 de março, em Lisboa: depois de Madrid, Roma, Toulouse, Nova Iorque, Lagos e Paris é chegada a vez de ser Lisboa a acolher a cerimónia de entrega do 8º Prémio Internacional Harambee Comunicar África.

As candidaturas decorrem até 30 de setembro, para duas categorias a concurso:

- Trabalhos de jornalistas - documentário ou reportagem – para o prémio de 5.000€

- Videoclips de jovens estudantes até aos 25 anos de idade – para o prémio de 1.500€

O Regulamento pode ser consultado online: https://premio.harambeeafrica.org/images/pdf/regulamento.pdf

Para a conferência de imprensa de apresentação do prémio internacional que tem como lema “Integração, coabitação, diálogo”foram convidadas diferentes personalidades.

Cátia Sá Guerreiro, que trabalhou em África como enfermeira voluntária e que desde então tem uma relação próxima com a cooperação internacional, destacou que “com pequenos donativos, Harambee já apoiou 78 projetos em 21 países, incluindo Angola, Guiné Bissau, Moçambique e S. Tomé”.

A também diretora na AESE – Business School do GOS - Programa de Gestão de Organizações Sociais referiu um outro grande objetivo da ONG com esta ação: “Este prémio é parte de um segundo objetivo de Harambee: dar a conhecer o lado positivo de África”.

Para Paulo Miguel Martins, professor que tem no cinema o seu principal campo de investigação e um dos cinco membros portugueses do júri internacional do 8º Prémio Internacional Harambee Comunicar África, é importante “integrar um júri internacional com uma vasta experiência em cinema, júri que também conta com portugueses: Manuel José Damásio, Jorge Paixão da Costa e Teresa Félix António”.

Em relação às edições anteriores, Paulo Miguel Martins, recordou que “em anos anteriores venceram este prémio alguns vídeos que tratam histórias interessantes de integração de comunidades africanas em países europeus”.

Preside ao Júri Internacional do Prémio Internacional Harambee Comunicar África, o jornalista e crítico de cinema Mário Augusto, que, em mensagem vídeo, reiterou que com o prémio “não se trata de apresentar uma visão ingénua ou simplista de África, mas de mostrar que, a par das guerras e das dificuldades, há também esperanças e o trabalho sério de muitos indivíduos e organizações”.

Presente na conferência de imprensa, a jornalista de televisão Lavínia Leal realçou a conveniência de se gerar “uma visão realista e altruísta sobre África”. “Uma visão realista ao olhar para África exige de nós ultrapassar clichés e este prémio pode-nos ajudar neste esforço. Olhar para as coisas com a identidade africana. Essa visão altruísta é muito importante”, disse.

Já são largas dezenas as mulheres que, através do projecto “Art of Living”, conseguiram sair do ciclo da pobreza no bairro de Alexandra. ‘Art of Living' arrancou em 2012 para ajudar mulheres jovens do bairro de Alexandra, em Johannesburgo, bairro onde viveu Nelson Mandela, para reforçar a auto-confiança dessas jovens, melhorar a sua preparação e o teor de vida, e prepará-las para se candidatarem à universidade.

Ozo Ibeziako pôde testemunhar o impacto destes projetos solidários no desenvolvimento das pessoas e dos países neles envolvidos. Médica de família na África do Sul, supervisora de 15 postos médicos no país e professora universitária, Ozo Ibeziako recebeu o Prémio Harambee 2019 de Promoção e Igualdade da Mulher Africana e colabora em projetos de promoção da mulher da ONG Komati Foundation.

Recorde-se que, em 2017, no VII Prémio Harambee Comunicar África, "Mada Undergound", de Denis Sneguirev e Philippe Chevallier, foi galardoado com o primeiro prémio na categoria documentário e que o primeiro prémio na categoria videoclip foi atribuído ao trabalho "Institut Saint Jean – École d´Ingénieur au Cameroun”, de Nicholas Church. A jornalista portuguesa Ana Candeias, com o documentário “Voluntários na linha do Equador” recebeu uma menção honrosa.

Na fotografia, da esquerda para a direita:

Paulo Miguel Martins, Lavínia Leal, Ozo Ibeziako e Cátia Sá Guerreiro

8 de março de 2019

 

Lisboa acolhe cerimónia do 8º Prémio Internacional Harambee Comunicar África