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II Simpósio Ibérico de Segurança Rodoviária decorre em Leiria

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Os principais dados relativos à sinistralidade rodoviária foram apresentados na manhã desta quarta-feira, 6 de março, durante a sessão de abertura e no primeiro painel do II Simpósio Ibérico de Segurança Rodoviária, iniciativa que decorre até sexta-feira no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, sob o lema “Porque a Segurança não reconhece fronteiras”.

Na sessão de abertura, o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Rui Soares Ribeiro, reiterou a importância do Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária - PENSE 2020, que envolve diversas entidades, num total de oito ministérios, 278 municípios e 19 organizações, e que tem como objetivo principal, o combate sistematizado à insegurança e sinistralidade rodoviária, entendida como “um problema de saúde pública a nível nacional e mundial”.

Este responsável destacou que o PENSE 2020 tem surtido progressos, no caso, relacionados com a diminuição de mortes e acidentados graves em acidente rodoviários em Portugal, em que se passou de 2100 mortos em 1996 para 445 em 2016."São 445 vítimas a mais, mas não deixa de representar 20% (de decréscimo)", disse.

No primeiro painel do Simpósio, Carlos Lopes, técnico da ANSR, reiterou os dados apresentados pelo presidente daquela entidade, para sublinhar que a meta a atingir em 2020 com o PENSE 2020 é de 41 mortes e 178 feridos graves, valores por milhão de habitantes, o que significa uma redução de 56% e de 22%, respetivamente, em relação ao ano de 2010.

“Entre 2010 e 2017 Portugal foi quarto país (em 28) com maior taxa de redução do número de mortos, 36% quase o dobro da taxa da União Europeia que foi, nesse mesmo período, de 20%.”, disse, sublinhando outro dado relevante: “No período 2009 a 2013 os acidentes de transporte foram a principal causa de morte dos jovens dos 15-24 anos”.

Se se considerarem os distritos portugueses, Leiria (+13), Viseu (+11), Faro (+10) e Setúbal (+9) foram os distritos que representaram em 2018 um maior acréscimo de vítimas mortais face a 2017. Destacam-se, entre outros, pelo “significativo desagravamento na sinistralidade rodoviária mortal”, os distritos de Aveiro (-13), Porto (-12) e Santarém (-8).

Responsáveis Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e Guardia Civil (de Espanha) foram oradores do mesmo painel – intitulado “Factos e Dados da Sinistralidade Rodoviária” – e deixaram o alerta de que os principais fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes são humanos.

 

Em meio urbano ou fora dele, os condutores de veículos de duas rodas a motor, os jovens condutores, os idosos e os condutores profissionais são os principais grupos de risco. Os fatores de risco são também consensuais e prendem-se com o excesso de velocidade, a condução sob o feito do álcool e de drogas, a distração e a fadiga. Para estes responsáveis, o valor perfeito, mas também uma miragem, seria o de se conseguir um resultado Mortos = Zero no que respeita à sinistralidade rodoviária.

  

O II Simpósio Ibérico de Segurança Rodoviária (SIRS) conta com 350 inscritos e é uma iniciativa organizada em parceria por várias entidades portuguesas e espanholas, nomeadamente: ASVDS - Associação Vertentes e Desafios da Segurança, APREVEX – Asociación de Prevención Extremeña, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Universidad de Extremadura, Bombeiros Municipais / Município de Leiria.

O programa do II Simpósio Ibérico, que congrega em si as Jornadas de Proteção Civil dos Bombeiros Municipais de Leiria, assenta em três tópicos principais relacionados com a Segurança Rodoviária: a Situação Atual da Sinistralidade, a Prevenção e o Futuro.

No primeiro tópico, durante o primeiro dia de trabalhos, foram apresentados factos e dados relativos à Sinistralidade Rodoviária em Portugal e em Espanha, e analisados os impactos da Sinistralidade nas empresas Seguradoras, de Transporte e nas Unidades Hospitalares.

No segundo dia do simpósio, amanhã, 7 de março, estará em destaque a temática da Prevenção, observada sobre diversos prismas, nomeadamente, as Campanhas, os Projetos de Inovação e Sistema de Segurança, o Comportamento Humano e a importância da Formação em Segurança Rodoviária.

O futuro da Segurança Rodoviária será analisado no terceiro e último dia de trabalho, na sexta-feira, de manhã sobre pontos de vista mais teóricos, com a reflexão sobre os temas da Prevenção, da Punição e das Infraestruturas, e, de tarde, com uma vertente iminentemente prática, com a realização de uma Simulação de um Acidente Rodoviário e com a apresentação de Práticas de Simuladores.

Para mais informações e programa:

https://www.sisr-sisv.eu/

II Simpósio Ibérico de Segurança Rodoviária decorre em Leiria